A iniciativa tomada por Hans Dieter Temp, um alemão que vive em São Paulo, mudou consideravelmente a paisagem de sua vizinhança e está alinhada a algumas interessantes estratégias de ocupação do solo e desenvolvimento urbano: o empresário ajudou a transformar em horta um terreno baldio adjacente à sua casa. A partir desta iniciativa, outros espaços foram, também, se transformando, gerando a ONG Cidades Sem Fome.
“Se vou morar aqui, preciso fazer algo”, pensou Hans Dieter Temp. Da horta comunitária com seus vizinhos, a ideia se expandiu, fazendo com que regiões de grande vulnerabilidade social aproveitassem seus potenciais e ocupassem locais abandonados, transformando-os em focos de produção de alimentos.
Desde 2004, a Cidades Sem Fome tem espalhado a palavra e a ação. Hoje são já 21 núcleos de hortas implantados em diferentes pontos de São Paulo, ajudando mais de 700 pessoas com a criação de emprego (além das beneficiadas de forma indireta). As hortas utilizam o método da compostagem, no qual as sobras vegetais são reincorporadas como adubo orgânico - sem recursos químicos - permitindo grande diversidade nas espécies plantadas.
O projeto oferece às comunidades uma forma de produzir hortaliças e legumes em quantidades consideráveis, ocupando pequenos espaços e intervindo – pra melhor – na vida e paisagem dos próprios bairros. As pessoas ganham acesso a alimentos frescos e orgânicos, vendendo-os entre si. Mais comida e mais dinheiro em locais carentes. Abaixo, veja uma das muitas reportagens feitas sobre o projeto:
Via hypeness